Sem título

28

Sábado

Dezembro

2024

 

Anuncie Conosco Notícias Rádio Amigos |


Portal

Nossas Agências espalhadas pelo mundo

 

SANTA CATARINA - RS

21-06-2022

Juíza que induziu menina estuprada a evitar aborto é promovida e deixa caso

Segundo Tribunal de Justiça, promoção ocorreu na última quarta-feira (15), cinco dias antes de o caso repercutir com imagens da audiência

juíza Joana Ribeiro Zimmer já deixou o caso em que atuou para induzir uma menina de 11 anos grávida após um estupro a não realizar o procedimento de aborto. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, ela foi promovida pelo Órgão Especial da instituição para a comarca de Brusque na última quarta-feira (15) — ou seja, cinco dias antes de o caso repercutir com a publicação de uma reportagem do site The Intercept Brasil. 

Após a reportagem, a Corregedoria-Geral da Justiça de Santa Catarina e o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) abriram uma investigação para apurar o trabalho dela no caso da menina estuprada. No vídeo vazado da audiência, ela pergunta se a menina "suportaria ficar mais um pouquinho" grávida e se ela quer ver o bebê nascer. A juíza ainda se refere ao estuprador como "pai" e pergunta à criança se ele concordaria em entregar o recém-nascido para a adoção. 

A juíza defendeu na ocasião a tese de que o aborto não pode ser realizado após o prazo de 22 semanas de gravidez já ter passado. Ela afirmou que o procedimento após esse período "seria uma autorização para o homicídio".

O Código Penal, no entanto, não estabelece nenhuma limitação de semanas de gravidez para a realização do aborto em casos de estupro. Além disso, ainda de acordo com a reportagem, laudos médicos sugerem que a criança de 11 anos corre maior risco de vida a cada semana de gravidez.

A menina foi atendida por uma equipe médica no início de maio de 2022. O hospital teria negado o aborto porque a menina estava na 22ª semana de gravidez e as regras da instituição permitiam o procedimento apenas até a 20ª semana. O caso então foi à Justiça. Segundo especialistas, o aborto no caso da menina também não precisava de nenhuma autorização judicial para ser realizado, mas médicos costumam pedir o processo, por precaução.

Dias depois, a promotora do Ministério Público de Santa Catarina Mirela Dutra Alberton ajuizou uma ação cautelar pedindo o acolhimento institucional da menina em um abrigo. A criança estava longe de sua casa para ficar afastada do agressor, mas, como a própria juíza admitiu em despacho, ela permaneceu no local também como uma forma de impedir que a mãe da criança buscasse o aborto legal. Depois da repercussão do caso, ela foi liberada para voltar para casa

Em 9 de maio de 2022, a criança participou de uma audiência judicial junto com a mãe, a juíza e a promotora. Na reunião, o grupo se comprometeu a evitar que a menina fosse vítima de abuso, mas a juíza e a promotora tentaram induzi-la a não realizar o aborto.

“Você suportaria ficar mais um pouquinho?”, questiona a juíza nas imagens. A promotora Alberton completa: “A gente mantinha mais uma ou duas semanas apenas a tua barriga, porque, para ele ter a chance de sobreviver mais, ele precisa tomar os medicamentos para o pulmão se formar completamente”. Ela também se tornou alvo de uma reclamação disciplinar do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), que vai averiguar sua conduta.

 

 

 

Alberton continua e sugere que o aborto faria a criança de 11 anos ver o bebê agonizar até a morte: “Em vez de deixar ele morrer – porque já é um bebê, já é uma criança –, em vez de a gente tirar da tua barriga e ver ele morrendo e agonizando, é isso que acontece, porque o Brasil não concorda com a eutanásia, o Brasil não tem, não vai dar medicamento para ele… Ele vai nascer chorando, não [inaudível] medicamento para ele morrer”. 

Veja parte do diálogo que a juíza teve com a criança:

"Qual é a expectativa que você tem em relação ao bebê? Você quer ver ele nascer?", pergunta a juíza.

"Não", responde a criança.

"Você gosta de estudar?"

"Gosto."

"Você acha que a tua condição atrapalha o teu estudo?"

"Sim."

"Você tem algum pedido especial de aniversário? Se tiver, é só pedir. Quer escolher o nome do bebê?"

"Não."

"Você acha que o pai do bebê concordaria pra entrega para adoção?", pergunta, referindo-se ao estuprador.

"Não sei", diz a menina.

Outro lado

Em nota divulgada nesta segunda-feira (20), a juíza Joana Ribeiro Zimmer informou que não se manifestaria "sobre trechos da referida audiência, que foram vazados de forma criminosa". Ela ainda afirmou que o caso tramita em segredo de Justiça e que buscava garantir a devida proteção integral à criança.

O posicionamento também criticou a divulgação da audiência pela imprensa. "Com o julgamento do STF pelo não reconhecimento do direito ao esquecimento, qualquer manifestação sobre o assunto à imprensa poderá impactar ainda mais e para sempre a vida de uma criança. Por essa razão, seria de extrema importância que esse caso continue a ser tratado pela instância adequada, ou seja, pela Justiça."

Já a promotora Mirela Dutra Alberton respondeu que o hospital havia se recusado a realizar a interrupção da gravidez e que os médicos agiriam se houvesse uma situação concreta de risco à vida da criança. “Por conta dessa recusa da rede hospitalar, inclusive com documentos igualmente médicos encaminhados à 2ª Promotoria de Justiça de Tijucas, no momento da propositura da ação era nítido que a infante não estaria sujeita a qualquer situação de risco concreto, o que, inclusive, tem se confirmado em seu acompanhamento”, afirmou em nota.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Santa Catarina manifestou preocupação com o caso. "Dentre as situações em que a legislação brasileira autoriza a interrupção da gravidez estão a violência sexual e o risco de vida para a gestante. Diante disso, estamos buscando junto aos órgãos e instituições com atuação no caso todas as informações necessárias para, de forma incondicional, resguardarmos e garantirmos proteção integral à vida da menina gestante", afirmou a instituição.

Investigação

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina ressaltou que o  processo está em segredo porque envolve menor de idade, "circunstância que impede sua discussão em público", e que a Corregedoria-Geral da Justiça do estado já instaurou pedido de providências na esfera administrativa para investigar os fatos.

Veja a íntegra da nota divulgada pelo TJ-SC:

O Núcleo de Comunicação Institucional do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), à vista de indagações específicas sobre processo referente a caso de violência sexual que tramita na comarca de Tijucas, esclarece:

A juíza que proferiu a decisão não atua mais no processo desde a última sexta-feira, por estar em trânsito (mudança), porque promovida para outra comarca. A promoção ocorreu em sessão pública do Órgão Especial do TJSC, realizada na quarta-feira (15/6), dentre diversas outras movimentações na carreira da magistratura estadual.

Trata-se de evento rotineiro na carreira, em que magistrados postulam periodicamente promoção ou remoção, as quais lhes são deferidas desde que atendam a requisitos legais. Faz-se importante estabelecer a linha do tempo para deixar claro que a referida promoção ocorreu no dia 15/6, enquanto que o conhecimento do fato alusivo ao mencionado processo pela Administração do TJSC, deu-se por matéria jornalística no dia 20/6.

 


Esta matéria possui 581 visita(s)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Últimas Notícias

 

Mãe e filha morrem após piso de cozinha ceder no Paraná

 

Rússia tem longo e antigo histórico em derrubar aviões comer

 

Isis Valverde e Marcus Buaiz se casam no civil

 

STF determina uso obrigatório de câmeras corporais pela PM d

 

Velório de Ney Latorraca será realizado, sexta-feira (27/12)

 

Tarifa de ônibus em SP será de R$ 5 em 2025, afirma prefeitu

 

PGR atende a pedido da defesa de Daniel Silveira e dá parece

 

Preta Gil começa fisioterapia na UTI e já consegue ficar em

 

Defesa aérea russa teria atingido avião da Embraer que caiu

 

Morre Ney Latorraca, ícone da arte brasileira, aos 80 anos

 



Links Interessantes


Macron Parabeniza Trump E Diz Estar Disposto A Trabalhar Com Ele ‘com Respeito E Ambição’

Idade De Cachorro: Quanto Equivale À Idade Humana?

Homem Morre Carbonizado Após Bateria De Lítio Explodir Em Elevador; Vídeo

Banco Central Vai Lançar Moeda Comemorativa De 30 Anos Do Real; Veja Outras Edições

Baleia Vira Barco De Pesca Com Homens A Bordo Na Costa Dos Eua; Veja Vídeo

Jogador Que Disputou Copa Do Mundo Pelo México É Acusado Pela Mãe De Mandar Matar A Irmã

Justiça Eleitoral Proíbe Contratações E Inaugurações De Obras A Partir Deste Sábado

Entenda Por Que O Congresso Pode Derrubar O Critério De 40 G De Maconha Decidido Pelo Stf

Mercedes Classe E Chega À Linha 2025 Por R 61 Mil A Menos

Mulher Limeirense Passa Em 1° Lugar Da Turma Entre Mais De Mil Soldados Da Pm

 



 

Últimas Notícias

 

Mãe e filha morrem após piso de cozinha ceder no Paraná

 

Rússia tem longo e antigo histórico em derrubar aviões comerciais

 

Isis Valverde e Marcus Buaiz se casam no civil

 

STF determina uso obrigatório de câmeras corporais pela PM de SP

 

Velório de Ney Latorraca será realizado, sexta-feira (27/12), no Teatro Municipa

 

Tarifa de ônibus em SP será de R$ 5 em 2025, afirma prefeitura

 

PGR atende a pedido da defesa de Daniel Silveira e dá parecer favorável a sua so

 

Preta Gil começa fisioterapia na UTI e já consegue ficar em pé, diz amigo

 

Defesa aérea russa teria atingido avião da Embraer que caiu no Cazaquistão, diz

 

Morre Ney Latorraca, ícone da arte brasileira, aos 80 anos

 

 

 

Sem título

Dúvidas ?

entre em contato

 

- Fale Conosco




Dúvidas ?

Depto de Marketing

entre em contato

 

- Depto de Marketing

Interessantes

 

IPMET(Boletim do Tempo)

 

Empresa

 

Sobre

 

 

 


Sem título

Rádio Amigos Da Rede

  Novas Ideias

 

Desenvolvido por Rcorp Data Center © 2024

 

Seu IP.: 3.12.34.96